sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Exaltação na madrugada da Campus Party 2009

Madrugada de quinta-feira para sexta-feira na #cparty, durante o Sarau Digital a produção coloca uma banda funk que veio com um refrão “mexe o cu, mexe o culote”. Revoltados todos Nerds se mobilizam e vaiam a banda, o clima esquenta até que a banda é removida do palco.

A blogsfera critica a atitude, opiniões se dividem. Quero dar minha opinião de quem participou.

Os músicos da banda “Leme” foram maltratados sim (particularmente não conheço a banda), mas convenhamos a organização falhou seriamente colocando esse tipo de musica no evento. Existiu uma exaltação sim, mas foi uma exaltação natural de mobilizações anárquicas. E uma banda que abraça um movimento tipo funk, que só faz apologia ao sexo, letras de duplo sentido. Shows que tem como principal conteúdo mulheres mostrando a bunda não merece nada mais que vaias, não agregam nada a cultura popular brasileira. Chega do Brasil do carnaval e da bunda. Vamos apoiar a cultura.

Reiterando não conheço a banda, podem até não ser uma banda de funk carioca, mas a musica que deflagrou a anarquia era para os meus ouvidos nada mais que funk de baixo calão.

Temos que aprender a nos revoltar, mas antes a revolta que a apatia. Espero que com isso a produção pense melhor no conteúdo que vai colocar nas próximas edições.

Na seqüência aconteceu uma briga na área das barracas, parece que o clima de exaltação e o excesso de RedBull na cabeça dos campuseiros não esta gerando bons resultados.


2 comentários:

  1. Acredito que a manifestação foi legítima, talvez um pouco exaltada, mas a revolução se faz com exaltação e não com abaixo-assinados - que são válidos, concordo. O que eu me pergunto, passada a manifestação "popular" da qual fiz parte, é se, sendo o Sarau Digital uma proposta de divulgação cultural, se não devíamos ser mais tolerantes. Em teoria, parece que sim, mas na prática, não dava mais pra aguentar aquele cara cantando bunda, não dava pra aguentar.

    Agora, que o funk é um movimento "que só faz apologia ao sexo, letras de duplo sentido [...]" é uma afirmação um pouco inverídica. O certo seria dizer, o péssimo funk que conhecemos representa o tal movimento. Porque funk pode ser sim música audível.

    Quanto à briga na área, nem falo nada: devia ser algum cara que de nerd só tinha os óculos, ou nem isso.

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  2. Foi legal mostrar que essas coisas podem acontecer em qualquer evento...não somente nos bailes e eventos que julgamos de "baixo escalão".
    Acredito que a violência não leva a nada, além de ter ficado chato, pois caras que digamos "tão cultos" terem esse comportamento é lamentável.
    Talvez se todos virassem as costas como nos jogos de futebol, eles entenderiam a mensagem.
    Lembrem-se ninguém é melhor que outro...eles apenas estavam no lugar errado e na hora errada.
    A organização do evento demonstrou não conhecer o seu público e isso é lamentável.

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